O mundo adoecido de há muito respira ofegantes seus momentos finais, tragédias ecológicas, enchentes, tempestades, furacões, violência, guerras, desamor, pais contra os filhos e filhos contra os pais, frieza nos relacionamentos cada vez maior
Zacarias, já idoso, não fértil, não acreditou que um quase morto pudesse reviver. Já estava culturalmente desacostumado a ouvir Deus. Já se passavam 400 anos e Deus mantinha o silencio. Zacarias, sacerdote, cumpria as suas obrigações religiosas, sem necessidade de crer. Compreendia como fazem muitos que se chamam crentes, ser possível cumprir obrigações religiosas, sem necessidade de crer. Zacarias, ao ouvir o anjo não creu, então, lhe foi imposto um silencio de nove meses.
Sua esposa ficou grávida, veio o menino, João Batista. Zacarias se alegrou e voltou a falar, não por causa do filho, mas por causa do anuncio que o filho trazia encarnado. O anuncio do nascimento de Jesus se tornou mais importante que o milagre.
Os filhos de Deus têm motivos para se alegrar, o nosso riso pode se abrir, o nosso beijo e abraço amoroso podem alcançar os que amamos, porque o nosso frio, silencioso e desesperançado, foi quebrado. Assim como aconteceu com o povo de Israel depois de 400 anos e depois de nove meses de silencio, Zacarias abriu os lábios e orou: O Senhor tem nos visitado! (Luc. 1.69,70)
Os filhos de Deus têm motivo para abrir os lábios e anunciar que já nasceu , encarnou, morreu e ressuscitou aquele que veio para trazer conhecimento da salvação ao seu povo, redimi-los dos seus pecados, iluminarem os que estão nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nos pés pelos caminhos da Paz. (Lc.1.78-79)
Naama Mendes
